Atualmente, o mercado de carros elétricos tem crescimento no mercado norte-americano, tornando o projeto uma luz verde na expansão de suas atividades.
Na última quinta-feira (9), a mineradora Vale informou que concluiu a pré-viabilidade de do projeto de sulfato de níquel, no Canadá. Devido ao crescimento da indústria de carros elétricos, a iniciativa busca fornecer produtos de níquel de alta pureza e baixo carbono.
A iniciativa aconteceu em Becancour, Quebec, e será a primeira planta de produção de sulfato de nível doméstico para o mercado norte-americano. Sendo assim, a produção atual — e futura — de níquel da Vale, ganharia uma nova proporção, referência no fornecimento de níquel de alta qualidade.
Baseado nas informações dos estudos de pré-viabilidade, o projeto teria capacidade anual de processar 25 mil toneladas de níquel com sulfato de níquel — composto químico esse utilizado na fabricação de precursores para baterias de íons de lítio à base de níquel, encontrados em carros elétricos.
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Segundo a Vale, o cronograma do projeto ainda depende de diversos fatores, inclusive de aprovações do Conselho e outras questões regulatórias.
O que é sulfato de níquel?
Basicamente, podemos definir o sulfato de níquel como um metal que tem como função a galvanoplastia. Neste sentido, ele tem como missão adicionar uma fina camada de metal em algum objeto, seja metálico ou não, para proteger e conservar tal item perante corrosão e intempéries do tempo.
No processo de desenvolvimento do setor automobilístico, o níquel é uma peça fundamental para o seu sucesso. Neste sentido, podemos dizer que a iniciativa da Vale equilibrará o mercado de carros elétricos, especialmente ao fornecer matéria-prima o suficiente para a produção de baterias.
Atualmente, a crise econômica advinda do conflito entre a Rússia e Ucrânia afetou o setor. Isso porque a tonelada do níquel alcançou o patamar de US$ 23.565, com um aumento de cerca de 1,8% comparado ao trimestre anterior. Portanto, o projeto da Vale pode colaborar para não haver estagnação no setor.
Neste sentido, podemos dizer que o projeto da Vale pode ser mais um dos pilares para produção e perpetuamente dos carros elétricos, especialmente no que busca a redução de carbono. Além disso, com uma produção em larga escala, o preço dos automóveis pode ser reduzido a médio prazo.
Como isso pode afetar o ramo do automobilismo elétrico?
A princípio, podemos afirmar que o projeto da Vale pode ajudar muito para o mercado automobilístico. Isso porque, segundo dados da Transport & Environment (T&E), a disponibilidade de níquel e lítio para produção de veículos elétricos era suficiente até 2023, mas, os atuais conflitos podem ter mudado essa situação.
Segundo tal pesquisa, a quantidade de níquel produzido pelo mercado global — incluindo a Rússia — é suficiente para produzir até 21 milhões de carros elétricos até 2025. Entretanto, com o conflito da Rússia e Ucrânia, o mercado de níquel foi um dos primeiros a serem abatidos, logo, a produção foi incerta.
Por isso, a disponibilidade de uma maior quantidade de níquel é uma excelente notícia para o ramo automobilístico. Afinal, em uma retirada estratégica da Rússia perante o ramo automobilístico, haveria quantidade de níquel suficiente para suprir a demanda de produção, até meados de 2023.
Além disso, o níquel em abundância também garante a melhor produção de um carro elétrico. Isso porque quanto maior a quantidade de níquel, maior será a densidade de energia da bateria, logo, o armazenamento de energia será elevado, em função do peso real que ela possui.
Vale deseja adentrar no ramo dos carros elétricos
Não é de hoje que a Vale deseja investir no ramo de carros elétricos. Na última sexta-feira (6), ela anunciou um acordo com a Tesla, famosa produtora de carros elétricos, para fornecimento de níquel. Essa ação tem o intuito de expandir sua presença na indústria de carros elétricos e reduzir a emissão de carbono.
Em nota, a Vale informou que irá fornecer níquel Classe 1 para as montadoras da Tesla, pertencente a Elon Musk, no Canadá. Em relação aos valores combinados para essa distribuição, ainda não foram divulgados para a imprensa, embora parte do contrato de fornecimento tenha sido divulgado à mídia.
Segundo a Vale, o setor de carros elétricos está em “constante crescimento”. Por isso, essa decisão aumentará a sua presença no setor automobilístico elétrico. Inclusive, tal medida visa aumentar suas vendas de níquel Classe 1 em cerca de 30% a 40% para a indústria de carros elétricos.
Vale concluiu a pré-viabilidade do projeto de sulfato de níquel no Canadá
Em um comunicado à imprensa na última quinta-feira (9), a mineradora Vale afirmou que integrará o mercado de carros elétricos. Desta forma, ela declarou que o estudo de pré-viabilidade para uma produção de sulfato de níquel feita em Quebec, no Canadá, está concluída.
Segundo a Vale, a proposta tem como missão a produção de sulfato de níquel, especialmente no Canadá, com foco em oferecer produtos de níquel de alta pureza e baixo carbono, o que é fundamental para a indústria de carros elétricos. Para a Vale, o mercado de veículos elétricos está em “enorme crescimento”.
Sendo assim, o projeto foi apresentado à imprensa e, Quebec, Canadá, e seria a primeira planta de produção de sulfato de níquel exclusivo para o setor norte-americano. Neste sentido, além de impulsionar a sua presença no mercado do automobilismo elétrico, a Vale criará uma planta de consumo doméstico.
Por fim, podemos dizer que a iniciativa da Vale busca a produção de níquel com baixo carbono, demonstrando a sua preocupação com as condições ambientais que a indústria automobilística oferece ao planeta. Ademais, ainda é possível aumentar sua lucratividade em até 40% no setor automobilístico.
Como mencionamos, a iniciativa de integrar o mundo do automobilismo elétrico por parte da Vale não é atual. Anteriormente, a mineradora já havia fechado uma parceria com a Tesla, empresa de Elon Musk, para a distribuição de níquel.
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