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Mineradora AngloGold Ashanti fará investimento bilionário para acabar com barragens residuais, gerando vagas de emprego no setor de mineração

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 16/09/2021 às 12:13
Atualizado em 14/10/2024 às 16:47
Projeto da mineradora AngloGold Ashanti visa criar vagas de emprego para profissionais da mineração e exterminar barragens residuais
Projeto da mineradora AngloGold Ashanti visa criar vagas de emprego para profissionais da mineração e exterminar barragens residuais. Fonte: Divulgação

Resíduos de ouro produzido pela AngloGold Ashanti não possui serventia econômica no setor de mineração, resultando no acúmulo em barragens residuais, causando medo na população e efeitos negativos ao meio ambiente

Considerada uma das mineradoras mais antigas que atuam no Brasil, a empresa sul-africana, AngloGold Ashanti, está investindo R$ 1,6 bilhão em um novo projeto para a mineração, que será implementado em território brasileiro. Até essa quinta-feira, 16, a expectativa do projeto será abrir 2 mil novas vagas de emprego, nos estados onde os projetos irão funcionar. De forma sucinta, o objetivo principal desse investimento é a implementação de um sistema que seja eficiente para a produção de ouro, sendo esse, um sistema para filtragem e empilhamento a seco de rejeitos nas áreas onde há extração, excluindo o uso de barragens residuais.

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Fim das barragens: projeto da AngloGold Ashanti irá gerar vagas de emprego para setor de mineração e uma produção de ouro mais limpa

Para extrair os minérios das minas ou de outros locais, as mineradoras acabam por ficar sem saber o que fazer com os resíduos gerados. Assim, muitas são às vezes onde o meio ambiente é o que mais sofre com essas consequências. Uma forma encontrada por diversas empresas são as conhecidas barragens de resíduos de mineração. No entanto, após o desastre que aconteceu em Brumadinho, Minas Gerais, a preocupação ambiental e social fez com que as companhias repensassem se era realmente uma boa ideia.

Partindo desse pressuposto, a AngloGold Ashanti irá encerrar as suas barragens residuais provenientes da mineração. Evitando assim, os possíveis riscos que elas poderiam causar ao meio ambiente. Para que esse objetivo seja alcançado, a mineradora planeja ofertar 2 mil vagas de emprego para os Estados de Minas Gerais e Goiás. No entanto, ainda não há previsão para a abertura desse processo seletivo.

A ideia é que, para esse ano, os investimentos sejam para a aquisição de plantas de filtragem e nos terrenos que irão receber os rejeitos provenientes da produção do ouro. Como contribuição para o setor de mineração, a companhia sul-africana produz anualmente, 15 mil toneladas de ouro. Com tamanha produção, mais resíduos serão gerados, deixando a população onde as barragens estão situadas, em alerta.

Entretanto, de acordo com o vice-presidente da AngloGold Ashanti Brasil, Camilo Farace, a medida adotada com esse novo projeto não está relacionada com nenhum risco de segurança. Para ele, “é importante deixar claro que nossas barragens estão estáveis e seguras. São diariamente monitoradas, e dentro das normas exigidas. A decisão reforça o compromisso da companhia com tecnologias mais modernas”.

Decisão de pôr um fim nas barragens residuais foi tomada antes do rompimento em Brumadinho

Quando mencionamos sobre barragem, a primeira coisa que vem no pensamento é o desastre que ocorreu em Minas Gerais. Entretanto, Camilo Ferace garantiu que a decisão tomada pela mineradora sul-africana foi tomada antes do rompimento em Brumadinho, em 2019.

Para a AngloGold Ashanti, os rejeitos da mineração presentes em suas barragens não possuem nenhuma serventia econômica. Dessa forma, logo após a produção do ouro, as sobras são direcionadas para as barragens. Mas, com os novos investimentos, as barragens residuais deixarão de existir. Além de ajudar o meio ambiente, os novos projetos devem gerar novas vagas de emprego para a população local.

Descaracterização, será esse o processo em que as barragens irão passar, onde, após os rejeitos terem sido tratados, a área utilizada poderá ser integrada ao meio ambiente, normalmente. Porém, a previsão é de que ocorra somente em 2022, mas ainda esse ano, as barragens devem parar de receber rejeitos.

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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