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Evento Diálogos da Mineração de Urânio e Fosfato visa alertar população sobre riscos da exploração dos minérios

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 09/02/2022 às 23:26
Atualizado em 14/10/2024 às 16:47
Associações do setor da mineração criaram o evento Diálogos da Mineração de Urânio e Fosfato, para debater sobre os riscos da exploração desses minérios no norte do Ceará e em todo o Brasil
Associações do setor da mineração criaram o evento Diálogos da Mineração de Urânio e Fosfato, para debater sobre os riscos da exploração desses minérios no norte do Ceará e em todo o Brasil. Fonte: Divulgação

Associações do setor da mineração criaram o evento Diálogos da Mineração de Urânio e Fosfato, para debater sobre os riscos da exploração desses minérios no norte do Ceará e em todo o Brasil

Nesta quarta-feira, (09/02), deu início ao evento Diálogos da Mineração de Urânio e Fosfato através do canal do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará (ADUFC). Assim, o evento seguirá com 7 encontros que visam debater sobre os riscos da exploração desses minérios no norte do estado do Ceará no âmbito ambiental e, principalmente, para as comunidades indígenas da região.

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Reuniões do evento Diálogos da Mineração de Urânio e Fosfato aconteceu nesta quarta-feira para debater exploração desses minerais no Ceará 

O evento Diálogos da Mineração de Urânio e Fosfato foi desenvolvido para debater e alertar à população sobre os riscos ambientais que a exploração desses minérios no norte do Ceará podem trazer. Além disso, os povos indígenas que vivem nesses locais serão altamente afetadas caso os projetos de exploração seguirem adiante. A primeira reunião do evento acontecerá nesta quarta-feira e terá o tema “Povos e Comunidades Tradicionais afetados e a Consulta Livre, Prévia e Informada (Convenção 169 OIT)”.

Dessa forma, a reunião irá discutir sobre os impactos dessa exploração e sobre o direito dos povos indígenas, quilombolas, camponeses e tantos outros de serem consultados, de forma livre e informada, antes de serem tomadas decisões que possam afetar seus territórios, direitos e modos de vida. Caso essas operações de exploração na mineração continuem acontecendo no norte do Ceará, diversos povos indígenas correm perigo de perderem o abastecimento de água, além de sofrerem com os impactos ambientais na região. 

Dessa forma,  Erivan Silva, da coordenação estadual do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM) no Ceará, ressalta que “Esse é um direito que foi previsto pela primeira vez, em âmbito internacional, em 1989, quando a Organização Internacional do Trabalho (OIT) adotou sua Convenção de número 169. Acreditamos, enquanto movimento social, que esta é uma importante ferramenta política no que diz respeito à defesa dos direitos desses povos, mais especificamente, aqui na América Latina”.

O projeto seguirá com as reuniões até o fim de março para discutir sobre esse tema mais a fundo 

Durante esta quarta-feira, o evento Diálogos da Mineração de Urânio e Fosfato terá a sua primeira reunião para debater a exploração desses minérios, mas esse não será o único encontro em prol dessa discussão. O evento contará, ao todo, com sete encontros, sempre às quartas-feiras, no horário das 19h30, através das redes sociais das entidades que realizam o evento. Além disso, toda a programação é gratuita e pode ser acompanhada pelo canal oficial do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará (ADUFC) através desse LINK AQUI.

O mês de fevereiro ainda contará com debates acerca de temas ligados à radioatividade e seus riscos à saúde e também ao meio ambiente, enquanto em março, os encontros irão se debruçar sobre as águas, a vida no semiárido e a contaminação radioativa dos territórios de povos indígenas, a economia popular, a questão trabalhista e seus riscos iminentes e a exploração de fosfato. Com isso, o evento visa levar adiante o debate sobre a exploração mineral desregulada e que não mantém respeito pela vida ao redor das operações. 

A organização do evento está sendo realizada por órgãos como a Articulação Antinuclear do Ceará (AACE), o Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará (ADUFC, através do GT de Política Agrária, Urbana e Ambiental – PAUA), e o grupo Trabalho, Meio Ambiente e Saúde da Universidade Federal do Ceará (TRAMAS/UFC) e você pode acompanhar todas as reuniões nas próximas semanas.

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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