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Com investimento de R$ 7 bilhões, produção de nióbio da CBMM deve chegar a 210 mil toneladas

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 08/09/2021 às 23:50
Atualizado em 14/10/2024 às 16:47
Setor de mineração será beneficiado com meta da CBMM em aumentar a produção de nióbio e investir no setor de baterias para carros elétricos
Setor de mineração será beneficiado com meta da CBMM em aumentar a produção de nióbio e investir no setor de baterias para carros elétricos. Fonte: Divulgação

O setor de mineração será beneficiado com essa nova meta proposta pela CBMM em aumentar a produção de nióbio e investir no setor de baterias para carros elétricos

Nessa quarta-feira, 08, um passo importante foi dado pela Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM). A empresa é bastante conhecida por desenvolver produtos de nióbio, sendo considerada a maior produtora do mundo, realizará um investimento de R$ 7 bilhões em 2022. Esse valor será utilizado para que a companhia aumente a sua capacidade de produção, na filial de Araxá, em Minas Gerais. Atualmente, a capacidade produtiva é de 150 mil toneladas/ano, entretanto, a meta da CBMM é que nos próximos 5 anos, consiga chegar a produzir por ano, 210 mil toneladas. Outra meta é se tornar uma gigante na produção de baterias para carros elétricos.

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Setor de mineração tem muito a ganhar com o investimento da CBMM na produção de nióbio

Com a pandemia, todos os setores sofreram consequências. A própria CBMM, que somente agora está conseguindo se recuperar dessa decorrência. No ano de 2019, a produção de nióbio chegou a uma capacidade de 91 mil toneladas. A meta era chegar em 100 mil no ano seguinte (2020), no entanto, a pandemia foi um grande obstáculo, que impediu dessa meta ser realizada. Assim, a quantidade de produção em 2020, foi somente de 72 mil toneladas.

Para encerrar bem o ano, a velha meta de conseguir produzir 100 mil toneladas de nióbio retornou, dando um gás maior para a empresa. Os R$ 7 bilhões de aporte serão de suma importância para que os novos mercados da própria companhia, sejam atendidos. Um desses novos projetos da CBMM é a bateria usada por carros elétricos.

De acordo com Eduardo Ribeiro, o presidente da empresa, “até 2030, queremos ter 35% do nosso negócio nesse segmento. Hoje, 90% da produção é destinada ao mercado siderúrgico, com ferronióbio. Não adianta criarmos novas frentes se não pudermos atender, por isso esse investimento maior”. É de suma importância que a meta proposta para 2021 seja atingida, e a companhia venda as 100 mil toneladas.

Assim, o plano elaborado para os próximos 7 anos, é conseguir vender anualmente, 180 mil toneladas de nióbio. Por ser um investimento a longo prazo, a CBMM está investindo nas tecnologias mais recentes que operam no setor de mineração. Apesar da tentativa anterior em atingir a meta ter falhado, a empresa verificou quais foram os erros cometidos e tentaram consertá-lo.

Novos projetos serão desenvolvidos pela CBMM no ramo da mineração, entre eles, baterias para carros elétricos

Conforme mencionado anteriormente, houve algumas tentativas falhas em atingir as metas de produção propostas. Por exemplo, para que a meta saísse de 100 mil toneladas e chegasse em uma produção de 150 mil, houve um investimento de R$ 3 bilhões. Mesmo com esse valor, ainda não foi possível atingir a meta.

Agora, o valor a ser investido dobrou, uma vez que será necessário construir novas plantas em Araxá. Além disso, o valor também deverá ser investido no complexo eólico, para que a empresa tenha energia o suficiente para tamanha produção. Quem também receberá uma quantia de R$ 2 bilhões serão os rejeitos a seco. Para o presidente, “não é uma tecnologia nova, mas é a mais recomendada para a nossa atividade. É claro que 100% de disposição a seco não é possível, pois, temos uma quantidade de fino muito grande no beneficiamento do nióbio. A meta é empilhar até 70% do rejeito a seco.”.

Entretanto, o foco principal desse aporte bilionário é a bateria. Assim, a ideia da CBMM é se tornar a maior comercializadora desse segmento e projeta vender 45 mil toneladas de óxidos de nióbio até 2030. Para isso ser possível, a empresa já andou sondando o mercado, e fechou algumas parcerias com companhias reconhecidas mundialmente.

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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