A mineração de carvão em Santa Catarina desgastou alguns ambientes, que passaram por uma recuperação ambiental e hoje são espaços públicos e verdes na região
As atividades da mineração de carvão podem causar sérios danos dependendo do tipo da produção na região, o que aconteceu em alguns locais de Santa Catarina. No entanto, após 20 anos de recuperação ambiental, alguns especialistas comentaram na última quinta-feira, (23/12), sobre a transformação dessas áreas recuperadas em espaços públicos e verdes por todo o estado.
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Espaços públicos e verdes em Santa Catarina já foram antes áreas da mineração de carvão
O estado de Santa Catarina foi bastante aproveitado e explorado durante longos anos em relação à mineração de carvão, mas há cerca de 20 anos a região vem seguindo um cronograma de recuperação ambiental e hoje o que se encontra nos locais são ambientes verdes e públicos que acomodam pessoas de todo o estado, assim como o Parque dos Imigrantes, no Distrito de Rio Maina, e o Parque das Nações, no bairro Próspera, ambos no município de Criciúma.
O engenheiro de minas, Márcio Zanuz, diretor técnico do Sindicato da Indústria de Extração de Carvão do Estado de Santa Catarina (Siecesc), comentou acerca do cronograma de recuperação ambiental em razão dos danos da mineração de carvão na região e afirmou que os representantes estão dando continuidade à iniciativa. Além disso, o executivo destacou que “Os cronogramas de recuperação estão em andamento, conforme acordos individuais entre as empresas, a União e o Ministério Público Federal, judicialmente homologados”.
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Segundo os dados publicados recentemente em relação ao monitoramento da cobertura do solo, cerca de 6.503,74 hectares de áreas, que corresponde a 45,55%, estão em processo de recuperação ambiental, o que marca um grande avanço para o estado de Santa Catarina conseguir recuperar esses ambientes e continuar a mineração na região de uma forma mais responsável e com menos impactos ao meio ambiente.
Processo de recuperação ambiental utiliza práticas sustentáveis e se mantém na região até os dias atuais
O processo de recuperação ambiental que vem acontecendo em Santa Catarina foi comandado pelas organizações do meio ambiente na região em conjunto com o Ministério Público. Em 1993, o Ministério Público propôs a Ação Civil Pública (ACP) do Carvão, que estabelecia a responsabilidade ambiental das empresas em relação à recuperação dos espaços que sofreram com práticas irresponsáveis da mineração de carvão no sul do estado de Santa Catarina.
A superintendente industrial e de meio ambiente da Rio Deserto, engenheira Rosimeri Venâncio Redivo, destacou, acerca do projeto de recuperação ambiental, que “São vários técnicos, visões e experiências profissionais que, ao lado do Ministério Público, definiram os critérios para recuperação”. Além disso, a executiva complementou sua fala afirmando que “As técnicas usadas aqui são as mesmas aplicadas em outras partes do mundo: conformação do solo, impermeabilização com argila, aplicação de uma camada de solo constituído e, por fim, introdução da vegetação”.
O que se espera agora é que o estado consiga continuar com a iniciativa de recuperação ambiental dos estragos causados pela mineração de carvão durante as décadas passadas e que os moradores locais possam ser beneficiados com o projeto.
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