A mineração é responsável por poluir rios, mares e terra. No entanto, vem sendo o foco do Egito, que teve a sua economia abalada durante a pandemia da Covid-19 e a falta de turismo de estrangeiros. Impedindo, assim, que grande quantidade de dólar entrasse no país.
Durante essa semana, o Egito informou que estaria concedendo ao menos oito novas licenças de mineração para a exploração de metais como ouro nas regiões em que está localizado o deserto oriental. Contudo, de acordo com o que foi afirmado pelo governo, é necessário realizar o desbloqueio de vastos recursos a fim de conseguir automatizar a economia. Os investimentos no setor durante os próximos anos deverão superar a marca de R$ 1 bilhão.
Dentre as marcas que já receberam a autorização para a mineração no Egito, pode-se citar a Barrick Gold (TSX: ABX) (NYSE: GOLD), B2Gold (TSX, NYSE: BTO) e Red Sea Resources. Outras instituições que já conseguiram obter a licença necessária para atuar nas minas do Egito são Lotus Gold, AKH Gold, Marine Logistics Gold Mining e Ankh Resources.
Leia também:
- A empresa de metais preciosos, Amarillo Gold, recebe Licença de Instalação para linha de transmissão de energia do Projeto Mina de Posse
- J&F entra para o ramo da mineração após compra de ativos de minério de ferro da Vale e pretende manter empregos e expandir operações no Mato Grosso do Sul
- Projeto de Lei que aprova mineração em terras indígenas é barrado na Câmara dos Deputados e ainda não tem previsão para votação após falta de apoio das mineradoras e órgãos ambientais
- Barragem da Mina da Serra Azul, da ArcelorMittal, não tem prazo para descaracterização e deputado critica falta de segurança na operação da mineração
Ouro faraônico e uma longa história de metais preciosos no Egito abrem espaço para tentativa de mineração em pó da economia
A mina Sukari de Centamin (LON: CEY) (TSX: CEE) vem sendo um dos alvos de mineração de grandes empresas investidoras no setor, justamente pelo seu histórico de épocas faraônicas e grandes encontros de ouro. A história do povo antigo, um dos mais ricos já existentes em todo o mundo, vem atraindo investimento de valores bilionários que vêm sendo a forma de suprir as necessidades egípcias de retomada da economia e Produto Interno Bruto, o PIB.
- Trabalhadores de Goiás protestam pelos riscos das empresas de mineração, como a Votorantim, na região
- Produção de fertilizantes é uma questão de segurança nacional para o Brasil, afirma diretor-presidente do Ibram
- 60 processos ativos na Agência Nacional de Mineração são contestados devido à exploração de ouro em Terras Indígenas
- Setor de mineração preserva mais de duas vezes a área ocupada: tornando-se referência em preservação ambiental, aponta especialistas
Até antes do ano de 2020, uma grande parte das mineradoras tinham que ter joint ventures com o governo egípcio. Ou seja, uma divisão de lucros como se fossem tributadas.. Isso fazia com que a mineração fosse uma atividade pouco praticada porque deixava de ser lucrativa.
Entretanto, no ano de 2020 essa obrigatoriedade de pagar a “participação dos lucros” ao governo foi eliminada da legislação, o que abriu novas portas de incentivo. Além da eliminação desta lei, também foi determinado que a porcentagem que poderia ser cobrada pelos estados seria de até 20% (máximo) sobre o lucro das marcas.
Desde o ano que acabou a obrigação de pagamentos extras, a Aton Resources do Canadá (TSX-V: AAN) havia conseguido a aprovação para começar a atuar com a mineração no país. Assim sendo, muitas empresas começaram a solicitação para atuar no mesmo setor em algumas regiões do Egito. A prática, de acordo com os analistas, deverá criar vagas de emprego por todo o país por meio de um plano ambicioso de operações de uma segunda mina de ouro. Vale salientar que o Egito está esperando receber investimentos, até o ano de 2030, de ao menos R$ 1 bilhão no setor de mineração e energia.