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Agência Nacional de Mineração divulga alteração de nível de emergência na barragem da ArcelorMittal em suas atividades na Mina de Serra Azul, Minas Gerais

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 12/03/2022 às 02:42
Atualizado em 14/10/2024 às 16:47
A barragem da Mina de Serra Azul, localizada em Minas Gerais, foi elevada para o nível de emergência 3 pela Agência Nacional de Mineração e a companhia ArcelorMittal comenta sobre riscos à mineração da região
A barragem da Mina de Serra Azul, localizada em Minas Gerais, foi elevada para o nível de emergência 3 pela Agência Nacional de Mineração e a companhia ArcelorMittal comenta sobre riscos à mineração da região. Fonte: Divulgação

A barragem da Mina de Serra Azul, localizada em Minas Gerais, foi elevada para o nível de emergência 3 pela Agência Nacional de Mineração e a companhia ArcelorMittal comenta sobre riscos à mineração da região

Nessa última quarta-feira, (09/03), tornou-se público que uma das principais atividades da mineração da ArcelorMittal em Minas Gerais, a barragem da Mina de Serra Azul, foi elevada para o nível de emergência 3 pela Agência Nacional de Mineração. Assim, a companhia fez uma nota se justificando e afirmou que a barragem não está apresentando riscos para os moradores ou o meio ambiente da região.

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Notícia sobre o nível de emergência da barragem deixou os internautas e moradores preocupados. Fonte: Twitter

Barragem da Mina de Serra Azul, da ArcelorMittal, é elevada para o nível 3 de emergência pela Agência Nacional de Mineração nesta semana 

A barragem da Mina de Serra Azul, localizada em Itatiaiuçu, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi elevada pela Agência Nacional de Mineração para o nível 3 de emergência e a ArcelorMittal, companhia responsável pela operação, deve ficar em alerta para o caso de rompimento do local. A mudança de nível 2 para 3 aconteceu no dia 23 de fevereiro, com a resolução 95/2022, que instituiu novas diretrizes de segurança de barragens.

Essa elevação no nível de emergência da barragem agrava os riscos iminentes para a população e o meio ambiente da região. Assim, a Agência Nacional de Mineração alerta que, em caso de rompimento, os rejeitos podem  atingir o reservatório Rio Manso, da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), responsável por parte do abastecimento da Grande BH, e a BR-381. Isso traria uma série de consequências negativas para a logística de transporte local, além de colocar em risco não só as operações da mineração na região, mas também a população que vive no entorno da estrutura. 

A barragem da Mina de Serra Azul possui mais de 5 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro e a ArcelorMittal já foi instruída a construir uma estrutura de contenção para que um possível transbordamento não venha a acontecer na estrutura. A Agência Nacional de Mineração também fez um alerta às famílias que vivem no entorno da barragem e, com a nova elevação no nível de emergência, sofrem com a possibilidade de possíveis transbordamentos no futuro. 

ArcelorMittal comenta sobre elevação no nível de emergência em barragem de Minas Gerais e afirma não ter riscos à população da região 

Os riscos de transbordamento da barragem da Mina de Serra Azul e os impactos na mineração da região não vêm acontecendo de agora e a ArcelorMittal já havia assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) ao fim do ano passado, que estabeleceu uma multa de R$ 1 milhão contra a empresa. Além dessa barragem, outras estruturas da mineração também foram elevadas para o nível 3 de emergência e são elas a Sul Superior (Barão de Cocais), B3/B4 (Nova Lima) e Forquilha III (Ouro Preto), todas da mineradora Vale. 

Em nota, a ArcelorMittal afirmou que os riscos são inexistentes e que ela já está fazendo o possível no local, destacando que “A estrutura não apresenta risco de ruptura iminente e não há exigência de novas medidas ou ações adicionais de segurança. A reclassificação, portanto, se dá em estrito cumprimento do novo critério legal estabelecido pela ANM. A barragem está desativada desde 2012 e o monitoramento da estrutura é realizado 24 horas por dia, com atualizações diárias à ANM. A empresa ressalta que, desde 2019, optou por adotar, preventivamente, medidas de segurança superiores às exigidas pela legislação da época”.

Agora, com a pressão da Agência Nacional de Mineração e dos órgãos ambientalistas de Minas Gerais, o que se espera é que a construção da estrutura de contenção seja realizada e que a ArcelorMittal potencialize a segurança nas suas atividades de mineração.

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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