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Brasil tem potencial para projetos de minerais de transição energética, avalia ABPM

Escrito por Paulo Nogueira
Publicado em junho 15, 2022 às 12:03 pm
Apresentações durante Brazilian Mining Day mostram o potencial de crescimento, sem contar que esses projetos terão a capacidade de atrair empresas de serviço, treinamento e conhecimento do subsolo do país.
Conferência da PDAC – Fote: ADIMB

Apresentações durante Brazilian Mining Day mostram o potencial de crescimento, sem contar que esses projetos terão a capacidade de atrair empresas de serviço, treinamento e conhecimento do subsolo do país.

A indústria de prospecção mineral e mineração se reuniu em Toronto esta semana para um de seus maiores eventos anuais, a Conferência da Prospectors & Developers Association of Canada (PDAC), onde investidores, executivos, funcionários do governo debatem os novos rumos da mineração no mundo.

perspectiva global para minerais de transição energética, como cobre, níquel e lítio para baterias é um dos focos dos debates durante o PDAC.  “A transição não pode ser realizada sem os minerais e metais necessários para facilitar a eletrificação e construir a infraestrutura necessária para tecnologias de baixo carbono. E Eles estão ligados à exploração e mineração”, disse o presidente do PDAC, Alex Christopher.

Os desafios decorrentes das cadeias de suprimentos globais restritas e os impactos persistentes da covid-19 nas operações de mineração também estarão entre os tópicos refletidos ao longo da conferência, disse Christopher.

E Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral e Mineração (ABPM) participa ativamente desses debates juntamente com a delegação brasileira, que está em Toronto em busca de novos investimentos para o setor mineral do país, que segundo dados da Toronto Stock Exchange e TSX Venture Exchange existem 38 mineradoras no Brasil, com 95 propriedades listadas, sendo que essas empresas levantaram aproximadamente US$ 336 milhões em capital.

“Tivemos apresentações de empresas com vários projetos avançados ou em vias de serem expandidos, eles vão trazer milhares de empregos, pois são depósitos significativos que vão atrair atenção para o Brasil.  Nós temos, por exemplo, grandes depósitos de metais básicos, como cobre, níquel e zinco e também depósitos de ouro. Todos eles são produtos de exploração da década de 80 e 90, com exceção do projeto da Bemisa. O que mostra o potencial de crescimento, sem contar que esses projetos terão a capacidade de atrair empresas de serviço, treinamento e conhecimento do subsolo do país”, avalia Luís Maurício Azevedo, presidente da ABPM.

Azevedo coordenou painel sobre projetos de exploração mineral em estágio avançado no país, durante o Brazilian Mining Day, que apresentou aos investidores internacionais oportunidades de negócios, com cases de empresas brasileiras e internacionais que recentemente reportaram investimentos em projetos de exploração em diferentes províncias minerais no brasil. Os CEOs dessas empresas traçaram planos para investimentos futuros tanto para aumentar as reservas dos projetos existentes e seu potencial para se tornarem minas operacionais no futuro próximo. Entre, elas Aura Minerals, Meridian Mining, Oz Minerals, BEMISA e Alvo Minerals.

Brazilian Mining Day (BMD) visa proporcionar um cenário econômico e de infraestrutura abrangente que, aliado a exemplos de sucesso de grandes empresas e junior companies em ambientes geológicos diversificados, possam promover o Brasil como um dos principais destinos de investimentos em pesquisa mineral e mineração. A participação brasileira é uma iniciativa conjunta das principais associações da indústria mineral do Brasil, Governo Federal e empresas privadas para promover o setor mineral brasileiro durante o PDAC 2022.

A agenda do Brasil durante o PDAC 2022 está sob coordenação da Agência de Desenvolvimento e Inovação do Setor Mineral Brasileiro (ADIMB), com apoio do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), da Associação Brasileira de Pesquisa Mineral  e Mineração (ABPM) e a Câmara de Comércio Brasil – Canadá (BCCC – Toronto).

Paulo Nogueira

Com formação técnica, atuei no mercado de óleo e gás offshore por alguns anos. Hoje, eu e minha equipe nos dedicamos a levar informações do setor de energia brasileiro e do mundo, sempre com fontes de credibilidade e atualizadas.

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