1. Início
  2. / Mineração
  3. / Retorno de atividades da mineração causa queda no preço do minério de ferro
Localização MG Tempo de leitura 3 min de leitura

Retorno de atividades da mineração causa queda no preço do minério de ferro

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em janeiro 20, 2022 às 1:57 pm
Vale, Usiminas e outras empresas do setor da mineração estão retornando suas operações em Minas Gerais e a consequência dessa volta é a queda no preço do minério de ferro
Vale, Usiminas e outras empresas do setor da mineração estão retornando suas operações em Minas Gerais e a consequência dessa volta é a queda no preço do minério de ferro. Fonte: Pixabay

Vale, Vallourec, Usiminas e outras empresas do setor da mineração estão retornando suas operações em Minas Gerais e a consequência dessa volta é a queda no preço do minério de ferro no mercado internacional

Após algumas semanas de suspensão, empresas como a Vale, a Vallourec e a Usiminas estão retornando com suas operações no setor da mineração em Minas Gerais. Assim, o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) comentou em nota, durante esta última terça-feira, (18/01), que esse retorno causou a queda no preço do minério de ferro no mercado internacional.

Confira outras notícias do setor:

Empresas da mineração retornam operações em Minas Gerais e preço do minério de ferro cai no mercado do setor 

O estado de Minas Gerais vem sofrendo com fortes chuvas e riscos de alagamento há algumas semanas e, por isso, empresas do setor da mineração como Vale, CSN, Gerdau, Usiminas, Vallourec e Arcelor suspenderam algumas de suas operações. No entanto, esta última semana foi marcada pelo retorno dessas atividades e, em consequência dessa decisão, o preço do minério de ferro caiu fortemente e o Instituto Brasileiro de Mineração alertou o setor sobre os valores do produto no mercado internacional

Os dados do Ibram mostram que o gráfico do preço do minério de ferro aponta que, no dia 12 de janeiro, houve registro de alta, com a tonelada do insumo siderúrgico chegando a US$ 131,5 – maior valor desde agosto do ano passado. Apesar disso, entre os dias 10 e 17 deste mês,  o minério de ferro com 62% de teor da substância teve queda entre 1,45% e 1,2%, representando uma grande diminuição nos valores em comparação com a elevação que havia ocorrido anteriormente. 

Assim, o Instituto Brasileiro de Mineração liberou uma nota destacando que “os preços já vinham subindo vagarosamente devido às questões chinesas. Além disso, junto às chuvas em Minas Gerais também foram registrados eventos de ciclones na Austrália. Por isso o aumento no dia 12. Mas, desde esse dia (os preços) vêm sofrendo queda novamente”. O órgão complementou: “Vale lembrar que, nesta época do ano, sempre chove acima do normal. Por isso, esse impacto já aparece nas contas das mineradoras. Sobre os preços, acredito que não devem mostrar o ímpeto do ano passado e devem girar na faixa de US$ 100 a tonelada”.

Suspensão de operações afetou fortemente o setor da mineração e retorno gradual visa lidar com esses impactos

O período de chuvas intensas no estado de Minas Gerais parece ter finalizado e, com todas as condições necessárias de segurança em relação à infraestrutura, algumas empresas como a Vale estão retornando suas operações. A companhia lamentou o momento das chuvas para a produção e estima um impacto de aproximadamente 1,5 milhão de tonelada na produção e compra de minério de ferro somente durante esse período de paralisação de diversas operações

Além disso, um outro problema que o setor da mineração no estado enfrenta é a paralisação do ramal de Belo Horizonte, responsável pelo transporte de carga geral, mas as empresas já se encontram estudando alternativas para o retorno definitivo, uma vez que se trata de uma via essencial para o escoamento de minérios. Já o Sistema Sul contou com algumas liberações e já está podendo ser utilizado pelas companhias do setor. 

Com o retorno das operações das companhias de mineração, o que se espera é que a queda no preço do minério de ferro possa não impactar fortemente nas produções. Assim, a reestruturação do segmento após as chuvas deve acontecer de forma gradativa durante os próximos meses com o apoio do Instituto Brasileiro de Mineração.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

Compartilhar em aplicativos