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Vale avalia vender empresas da mineração de ferro, manganês e logística no sistema Centro-Oeste como nova estratégia de expansão focada em minérios específicos

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em abril 6, 2022 às 11:21 am
O ramo da simplificação de portfólio com foco em minérios mais específicos chegou à Vale e a companhia avalia vender as suas empresas do Centro-Oeste que realizam a mineração de ferro, manganês e logística na região
O ramo da simplificação de portfólio com foco em minérios mais específicos chegou à Vale e a companhia avalia vender as suas empresas do Centro-Oeste que realizam a mineração de ferro, manganês e logística na região. Fonte: Pixabay

O ramo da simplificação de portfólio com foco em minérios mais específicos chegou à Vale e a companhia avalia vender as suas empresas do Centro-Oeste que realizam a mineração de ferro e manganês

Durante essa última sexta-feira, (01/04), a mineradora Vale anunciou que está em análise para novas estratégias de foco na mineração de minérios específicos no Brasil e na simplificação do seu portfólio. Assim, a companhia está avaliando vender empresas da mineração de ferro, manganês e logística localizadas dentro do sistema Centro-Oeste, ao longo do ano de 2022.

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A Vale é, sem sombra de dúvidas, a maior empresa no ramo da mineração em todo o território nacional e vem buscando novas oportunidades para expandir a sua presença no mercado nacional e internacional. Agora, a empresa abre seus olhares para uma nova dinâmica dentro do setor da mineração, que consiste na simplificação do portfólio com a venda de ativos diversificados para focar em produções de minérios mais específicos e atingir um público alvo mais delimitado dentro do mercado nacional e internacional. 

Assim, a Vale anunciou que está avaliando vender as suas empresas de minérios de ferro e manganês, além da logística, que compõem o Sistema Centro-Oeste. Somente em  2021, a operação que está a ser vendida produziu mais de 2,7 milhões de toneladas de minério de ferro e 0,2 milhão de toneladas de minério de manganês, além de contribuir com US$ 110 milhões em EBITDA ajustado. Assim, esse é um empreendimento com alto valor de venda para a Vale e a empresa poderá investir em outros segmentos da mineração nacional com a venda dos ativos na região.

A empresa que está em jogo para ser vendida pela Vale foi adquirida por US$ 750 milhões, em 2009, mas já possui uma grande valorização para a venda, em razão da alta produtividade de ferro e manganês, além das operações com foco na logística dentro do segmento da mineração no Brasil. A informação da venda da Vale foi realizada pelo secretário de Produção, Desenvolvimento Econômico, Meio Ambiente e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, durante esta última semana, e a empresa está em processos internos para analisar o melhor cenário de venda durante o ano de 2022. 

Venda de ativos no sistema Centro-Oeste está diretamente ligadas às novas dinâmicas que a Vale visa construir dentro do mercado da mineração no Brasil 

Apesar do que pode parecer de início, a venda dos ativos de produção dos minérios de ferro e manganês não será prejudicial para a Vale e a companhia não perderá o seu poder de exploração mineral no Brasil. O que acontece é que, com a simplificação do portfólio, a empresa poderá investir cada vez mais dentro dos segmentos mais lucrativos e poderá expandir a sua presença nesse cenário cada vez mais ao longo dos próximos anos. 

Dessa forma, Jaime Verruck comentou sobre a estratégia da empresa e afirmou que “A Vale está saindo da operação de manganês e de ferro, mas ela passa o sistema para um novo operador que ainda não temos o nome. O governador Reinaldo e eu participamos de reunião com a diretoria da Vale, mas em nenhum momento foi informado qual será esta empresa que fará a aquisição. Mas dentro deste posicionamento é muito claro que a Vale vai manter o nível de operação. Esse é o mínimo que nós discutimos muito”.

Agora, o que se espera é que a companhia anuncie quem será o responsável pela compra e administração das empresas de mineração de ferro e manganês no Centro-Oeste e como será a continuação dessa exploração na região.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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