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Projetos de mineração em desenvolvimento no Brasil demonstram grande potencial de reservas de classe mundial

Escrito por Flavia Camila
Publicado em 16/08/2021 às 16:38
Atualizado em 14/10/2024 às 16:47
mineração - ouro - níquel - preço
Mineração do Brasil / Imagem Google

O Brasil tem sido considerado a nova fronteira de níquel com mundo, devido ao grande número de reservas de classe mundial

Mais que a qualidade da pesquisa e exploração mineral brasileiras, o Simexmin 2021 também demonstrou, durante os quatro dias do evento, que a indústria da mineração opera com grande vigor. Depois de alcançar resultados positivos no ano passado, apesar da pandemia de Covid-19, a projeção para o presente exercício é das melhores, o que favorece o desenvolvimento de projetos no país e também no exterior, como foi apresentado no último painel “Desenvolvimento e Expansão de Projetos”.

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O geólogo e gerente de Exploração da Appian Capital Brazil, Elton Pereira, destacou que a empresa é um fundo de capital inglês que revisou mais de 2 mil projetos de exploração pelo mundo, investiu em nove e levou seis à produção.

Mineração no Brasil

As iniciativas no Brasil – Projeto Antas, Mineração Rio Verde/Projeto Serrote e Fazenda Mirabela – receberam US$ 400 milhões em aportes, para a exploração de níquel e cobre.

“A empresa prioriza projetos em fase mais avançada e que têm licenciamento ambiental avançado ou concluído. Isso possibilita colocar em produção em dois ou três anos, como aconteceu com a Mina de Santa Rita, adquirida em 2018 e que retomou operações no ano seguinte, já tendo realizado 13 embarques para o mercado consumidor da Ásia”, destaca.

O Brasil tem sido considerado a nova fronteira de níquel com mundo, devido ao grande número de reservas de classe mundial. No Vale do Curaçá, na Bahia, um projeto de mais de 40 anos, os depósitos de cobre, níquel, ouro e paládio são fruto de processos geológicos complexos, conforme o gerente de exploração da Brasil Ero Cooper, Filipe Porto. Com foco em atuação no Brasil, a companhia também tem o projeto Boa Esperança, em Carajás, e outro, na fase de estudo para desenvolvimento e produção de ouro em Nova Xavantina, no Mato Grosso.

“A mentalidade de exploração é bastante agressiva. Temos 37 sondas espalhadas nos três projetos. Delas, 25 apenas no Vale do Curaçá, na Bahia. Depois que assumimos a planta, houve investimentos de US$ 105,2 milhões, com foco no níquel vermelho, que tem teores mais altos”, ressalta.

A transnacional Vale apresentou o projeto Hu’u, na Ilha de Sumbawa, na Indonésia. Segundo o gerente executivo de Exploração e Desenvolvimento de Negócios da Vale, Fábio Massoti, a companhia detém 80% do projeto que é desenvolvido em parceria com uma mineradora local que responde pelos outros 20%. A área de 19 mil hectares tem reservas bastante expressivas de ouro, com 15 milhões de toneladas, com 27 milhões de onças, e cobre.

“O projeto está na fase de estudos pela sua complexidade. Ainda é cedo para falar em operação mas estamos trabalhando com afinco para poder desenvolver a planta daqui para frente. A Indonésia tem muito a oferecer em alvos de cobre, níquel e ouro. Para cobre, é o melhor do mundo”, comentou.

Outro projeto de ouro em desenvolvimento pela Bemisa Brasil é o Água Azul, localizado na cidade de Água Azul do Norte, em Carajás. O diretor de Exploração, Fábio Guimarães, informou que a planta aguarda resoluções de infraestrutura para dar continuidade ao negócio. A expectativa é que a lavra seja plotada já em 2022, mas a expectativa da companhia e iniciar as atividades da planta industrial em 2025.

“Terminamos 2020 com127 furos de sondagem em uma área de 21 mil metros quadrados em alguns dos alvos localizados no Projeto Água Azul. Com a avaliação de recursos, trabalhamos a ideia de aproveitar o recurso de maior nobreza para tocar a lavra experimental”, conclui.

Os mediadores do painel foram a professora da UFMG e consultora Lydia Lobato e o diretor de Mineração da Bemisa Brasil, Cláudio Fernandes.

Evento mineração volta a ser presencial em 2022, segundo ADIMB

No encerramento da primeira edição online do Simpósio Brasileiro de Exploração Mineral, o presidente do Conselho Superior da Agência para o Desenvolvimento e Inovação do Setor Mineral Brasileiro (ADIMB), Marcos André Gomes Veiga Gonçalves afirmou que o evento retorna para Ouro Preto na 10ª edição e será presencial.

“Chegamos ao fim de mais um Simexmin. Eu agradeço as empresas patrocinadoras, o apoio das expositoras com estandes e a equipe ADIMB que fez um excelente trabalho na organização do evento. Tivemos palestras interessantes e, porque fizemos online, reunimos 934 colegas de 19 países”, disse.

O site de acesso registrou mais de 8,1 mil acessos únicos, com audiência de 4124 participantes nos painéis e média de 318 participantes.

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Flavia Camila

Engenheira de Produção pós graduada em Engenharia Elétrica e Automação. Experiente na indústria de construção naval onshore e offshore. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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