O Serviço Geológico do Brasil se uniu à Agência Nacional de Mineração para a divulgação de pesquisas sobre a exploração mineral dentro do setor, visando colaborar com novos investimentos e operações no país
Durante esta segunda-feira, (14/02), o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) anunciou uma parceria com a Agência Nacional de Mineração e o Ministério de Minas e Energia para a divulgação dos dados de pesquisas sobre a exploração mineral no segmento. O objetivo principal da iniciativa é colaborar com novos empreendimentos e investimentos que surgirão no mercado nacional para as operações dentro da mineração.
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Agência Nacional de Mineração e o Serviço Geológico do Brasil criam iniciativa para divulgação de pesquisas envolvendo a exploração mineral
O Brasil é um dos grandes berços da pesquisa mineral, contando com mais de 13 milhões de hectares onde empresas privadas já fizeram pesquisas, mapeando a composição do solo e a possível existência de depósitos de minerais com valor comercial. Assim, todos os dados estão contidos na Agência Nacional de Mineração, mas, para colaborar com o crescimento do setor, o órgão se uniu ao Serviço Geológico do Brasil e irá realizar a divulgação desses dados para a população e as empresas.
A iniciativa veio por meio de um acordo de cooperação assinado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) com a ANM e o Ministério de Minas e Energia (MME) assinado durante a Semana da Mineração, acontecida na última semana, com o propósito de atrair novas companhias para o mercado nacional. Assim, a divulgação desses dados sobre a exploração mineral no Brasil irá dar mais segurança para que novas empresas coloquem os seus investimentos no território nacional e possam desenvolver operações dentro do setor da mineração de forma mais ágil.
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Com todos os dados e mapeamentos que já foram realizados e estão contidos na Agência Nacional de Mineração, as empresas poderão elaborar planos de informação mais precisos e tomar decisões com menos riscos. Além disso, o acordo também inclui a preparação da regulação do setor para garantir a existência de um período em que os dados obtidos pelas mineradoras sejam exclusivos da empresa responsável. Com isso, o Serviço Geológico do Brasil visa tornar os estudos sobre a geologia cada vez mais próximos das empresas que possam vir ao país.
Acordo de cooperação para divulgação dos dados de exploração mineral contará com Hub de informações contendo os estudos
Os prazos iniciais para a divulgação de todos esses dados reservados na Agência Nacional de Mineração apontam para um ano para a liberação dos estudos, mas ainda precisam de mais tempo para que essas projeções sejam mais assertivas. A ideia é que as informações não sirvam apenas para a mineração, mas também para a agricultura e o planejamento urbano, já que esses dados podem impedir, por exemplo, a criação de depósitos de lixo sobre áreas com depósitos subterrâneos dos aquíferos.
Além disso, foi divulgado também que o sistema contará com um Hub de informações para concentrar esses dados da exploração mineral no Brasil, visando tornar cada vez mais prático e ágil o encontro desses estudos por parte das companhias que atuam dentro do segmento.
O diretor-presidente do Serviço Geológico do Brasil, Esteves Pedro Colnago, durante a Semana da Mineração, comentou sobre o Hub e afirmou que “A plataforma se posiciona como um hub de difusão do conhecimento geocientífico, técnico, econômico e socioambiental, estimulando os investimentos que são requeridos para a descoberta, avaliação e aproveitamento dos recursos minerais brasileiros. Espera-se a expansão de investimentos, a intensificação de descoberta de novos depósitos minerais, a melhoria de índices de sucesso, o crescimento da produção e a melhoria da produtividade da indústria mineral”.