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Minas Gerais desbanca Pará e volta a liderar a arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração Mineral

Escrito por Bruno Teles
Publicado em julho 28, 2022 às 3:08 pm
Exploração Mineral
Exploração Mineral (Reprodução: divulgação)

Na última semana, Minas Gerais voltou ao topo da arrecadação Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem), durante o primeiro semestre de 2022. 

O Estado passou a frente do Pará, com uma diferença de R$53 milhões, na diferença da soma dos royalties da mineração durante os seis primeiros meses do ano. Atualmente, o recolhimento de Minas Gerais somou R$1,465 bilhão, frente aos R$1,413 bilhões do Pará.

Os dados foram levantados pela Agência Nacional de Mineração (ANM) e refletem a menor produção da Vale no Sistema Norte de Exploração Mineral, acumulado de janeiro a julho. Conforme um balanço operacional da Vale, divulgado na última semana, ao todo foram produzidas 76,8 milhões de toneladas da região, com uma queda de 10,5% em comparação a quantidade produzida na mesma época do ano passado, 85,7 milhões de toneladas.

O movimento consolidou Minas Gerais de forma histórica: Agora o estado é o maior produtor mineral e o maior recolhedor de Exploração Mineral (Cfem) no país. Entretanto, nos últimos anos, o estado perdeu a liderança para o Pará. Somente no mês de junho, Minas Gerais recolheu R$321 milhões frente a R$252 milhões do Pará. Nacionalmente, o mês fechou com R$669 milhões, o que indica que as participações foram de 47,99% e 37,66%, respectivamente.

A Compensação Financeira pela Exploração Mineral cresce, mas fica abaixo do ano passado

Uma ressalva encontrada na apuração dos valores, apontou que eles estão menores do que os apurados no ano passado. Possivelmente isso ocorreu em função dos menores volumes exportados, além da alta do preço do minério de ferro no mercado internacional. Outra razão para isso são os lockdowns impostos na China, em virtude dos novos casos de coronavírus no país, além da desaceleração econômica mundial que ocorreu na primeira metade de 2022.

Somente em junho, a queda de arrecadação dos royalties da mineração em Minas Gerais foi de 26,3%. No mesmo período do ano passado, os recolhimentos estaduais somaram R$436 milhões. No acumulado do primeiro semestre deste ano, o recuo foi de 27,8%, isso porque as cifras acumulares chegaram a R $2,031 bilhões. No caso do Pará, as altas foram mais intensas: 30,9% e 33,6%, respectivamente.

Confira os Municípios com os maiores royalties da mineração

Entre os municípios mineradores de Minas Gerais, temos os principais destaques para Mariana (Central), Itabira (Central), Itabirito (RMBH) e São Gonçalo do Rio Abaixo (Central).

Somente em Mariana, por exemplo, durante os seis primeiros meses de 2022, o município somou R$164 milhões. No mesmo período do ano passado, o valor arrecadado havia sido de R$171 milhões. Durante o mesmo período, isso representou uma queda de 4%.

Leia mais: Alta do minério de ferro não é a única coisa que movimenta o mercado; confira algumas pautas do setor.

Em Itabirito, a situação é diferente: a arrecadação chegou a R$153 milhões durante o primeiro semestre deste ano, frente R$227 milhões no ano passado. Dessa forma, houve uma queda de 32% durante um período e outro. Em Itabira, os royalties de mineração somaram R$143 milhões, enquanto marcou R$157 milhões em 2021. Uma queda de 6%.

Paralelamente, em São Gonçalo do Rio Abaixo, a Compensação Financeira pela Exploração Mineral acumulou R$144 milhões nos últimos seis meses, frente aos R$128 milhões acumulados de janeiro a julho do ano passado. Neste sentido, o movimento resultou em uma elevação de 12%. 

Além disso, o balanço operacional da Valem a mina de Brucutu, que está situada no município, juntamente com outras operações que compõem as Minas Centrais da companhia, teve uma bela elevação de 6,4% na produção no primeiro semestre de 2022. A produção totalizou 8,946 milhões de toneladas.

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Bruno Teles

Bruno é aficionado por tudo que envolva mineração e seu ofício é entregar informações completas e precisas.

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