Desde janeiro de 2019, época em que ocorreu o rompimento da barragem em Brumadinho, a produção de minério da Mineradora Vale, em Minas Gerais, está seriamente afetada. Além da reconstrução que a mineradora está executando nas áreas diretamente afetadas, uma série de medidas estão sendo adotadas em outras áreas da região para, possivelmente, evitar novas tragédias.
Neste sentido, este conjunto de ações da Mineradora Vale reduzia a produção nas minas e, evidentemente, impacta a operação em Tubarão e em Vitória, locais onde estão as pelotizadoras e o porto. Atualmente, a empresa está aproveitando este período de ociosidade para modernizar o complexo portuário e industrial, na ativa desde 1966.
As duas pelotizadores mais antigas, chamadas de usinas 1 e 2, vão se tornar as primeiras fábricas de briquetes (um aglomerado de minério criado e patenteado pela Mineradora Vale) do mundo. Inicialmente, a empresa informou que o investimento para o projeto é de US$182 milhões.
Uma cidade chamada Tubarão
Leia mais: A Empresa Ero Brasil, mineradora influente, tem vagas para Técnico Mecânico e Operador de Equipamentos em todo o Brasil; confira as oportunidades.
- Reviravolta no Mercado do Minério de Ferro: a China é o Estopim
- A Crise Invisível: O Legado da Mineração no Sertão da Bahia
- Governo deixando a mineração para trás? “Momento virtuoso em preços de commodities, mas muito deprimido em investimento”, afirma executivo
- Canadá investirá ainda mais no setor de mineração com governo de Lula: “querermos reforçar mais essa relação”
Mineradora Vale investe pesado na modernização de Tubarão
Exceto a pelotizadora 8, inaugurada em 2017, está passando por um grande processo de manutenção e, em alguns casos, de modernização. Atualmente, as usinas 4, 5 e 6 estão com suas atividades paradas, durante todo esse processo. Por isso, a Mineradora Vale está investindo cerca de R$300 milhões para trocar todo o sistema de queimadores de suas unidades, que chegam a 200 ao todo.
O diretor do projeto de Pelotização da Mineradora Vale, Rodrigo Ruggiero, afirmou que o parque fabril pretende se tornar mais eficiente, seguro e ambientalmente responsável. Por isso, o investimento da Vale é enorme para que supere a expectativa de operar em plena capacidade, estimado para meados de 2025.
Por fim, o Plano Diretor Ambiental, que pretende reduzir a emissão de poeira e melhorar o uso da água em Tubarão, terá um investimento de R$4,6 bilhões. A Vale afirmou que, possivelmente, até o fim do ano que vem o projeto estará concluído.