O Chile anunciou o aumento da produção de cobre. Desse modo, a política nacional de mineração do país criou planos para até o ano de 2050. Desse modo, visa o aumento de produção de cobre por ano de 7 Mt até 2030 e de 9 Mt até o ano de 2050. Logo, com o intuito de continuar com o título de maior produtor de metal do mundo. Portanto, irá manter a produção de 26% do metal ao nível mundial.
Portanto, alguns investimentos no setor da mineração, em especial na produção de cobre, deverão ser feitos. Segundo especialistas, o valor para alcançarem as metas é de no mínimo US$ 400 bilhões. No entanto, os preços estão em alta, logo, grande parte das empresas estão no terceiro ou quarto quartis de custos. Ainda, segundo o Marcos Lima, participante da CIS e ex-CEO da mineradora Codelco, há pontos negativos de competitividade no setor da mineração, visto que faltam grandes depósitos com tamanho da mina Escondida.
Além disso, o setor também sobre com a falta de avanço na nova Constituição. As leis orgânicas constitucionais foram tiradas. Desse modo, o setor ficou apenas sujeito às leis simples e ordinárias. Logo, gera uma insegurança nos investidores, diminuindo a inserção de dinheiro na mineração. Ademais, conforme o projeto de lei de royalties do setor que está em prosseguimento no Congresso, um documento criado pela Universidade do Chile indica que o imposto ad valorem que foi apresentado não diz sobre as diferenças dos custos na indústria de mineração.
Desse modo, o projeto propõe que sejam adicionadas taxas efetivas de 5-8% caso o valor do cobre chegue a US$ 4/lb. Logo, isso irá comprometer a disputa na mineração no decorrer dos anos, segundo o relatório criado pela universidade. Desse modo, Lima explicou que esse imposto ad valorem não reconhece haver diversidade nas indústrias do setor, não separando as de custo baixo com as de custos elevados. No entanto, isso poderá criar uma falta de lucros para as indústrias de custo alto. Portanto, em tese, o royalty irá ficar com todo o lucro.
- Reviravolta no Mercado do Minério de Ferro: a China é o Estopim
- A Crise Invisível: O Legado da Mineração no Sertão da Bahia
- Governo deixando a mineração para trás? “Momento virtuoso em preços de commodities, mas muito deprimido em investimento”, afirma executivo
- Canadá investirá ainda mais no setor de mineração com governo de Lula: “querermos reforçar mais essa relação”
Além disso, conforme a InvestChile, agência estatal de investimentos, as taxas que as empresas estrangeiras pagam, são essenciais para o investimento nas demandas sociais. Ademais, esses valores significam mais da metade de toda a arrecadação. Mesmo eles sendo de apenas 10% das empresas de todo o país.
Os investimentos para os próximos anos no setor da mineração já foram estimados. Desse modo, é provável que nos próximos 5 anos haja cerca de US$ 15 bilhões aplicados no setor. No entanto, de acordo com uma estimativa recente realizada pela Corporación de Bienes de Capital, que atua na análise de investimentos privados no Chile, haverá uma queda de 30% dos valores investidos nos próximos anos.
Ademais, os projetos do setor tem o pode de ajudar a criar uma cadeia produtiva e multiplicadora de exportações, criar oportunidades de empregos, gerar maiores valores ao impostos, ajudar em causas sociais, aumentar o consumo de bens e serviços, proporcionar maior aplicação de dinheiro em investimentos públicos, entre outros.
Desse modo, mesmo com as análises sobre os possíveis impactos que a mineração de produção de cobre no Chile pode gerar, é possível considerar todos os outros aspectos positivos, segundo o chefe do comitê de políticas públicas da federação de industriais chilenos Sofofa, Gonzalo Sanhueza. Ademais, segundo o mesmo, na participação do evento LyD, quando algo afeta o setor da mineração, o impacto econômico gerado é o dobro.
Leia mais: Fomento do Brasil deseja fazer exportação pelo Porto de Natal e extração de minério de ferro tem número recorde.